Comunico a todos que este blog não tem nenhuma motivação política e seu principal objetivo não é criticar nossos políticos, mas sim relatar os problemas do nosso bairro através de denúncias e reivindicações para conscientizar tanto os governantes por melhorias quanto os moradores locais pela conservação.

terça-feira, 2 de junho de 2015

Sem professores e sujo, Ciep no Colubandê está um caos

“Meu sonho sempre foi fazer faculdade de medicina. Mas, a cada dia que chego à escola, parece que meus planos estão mais longe de virar realidade”. O desabafo é de uma adolescente de 14 anos, estudante do 9º ano do ensino fundamental do Ciep 125 - Professor Paulo Roberto do Amaral, no Colubandê, em São Gonçalo. Assim como ela, grande parte dos alunos tem perdido, desde o início deste ano, cerca de três horas de aula por dia, por conta da meia paralisação dos professores da rede municipal de ensino. Não bastasse isso, pais e alunos denunciam a precariedade da unidade.
Banheiros interditados, salas de aula sem portas e ventiladores, pátio com matagal e lixo espalhado pelo prédio dão o tom do que os estudantes são obrigados a enfrentar diariamente.
— Às vezes tenho até vergonha de dizer para os meus amigos onde estudo. Aqui nem parece uma escola. Está tudo abandonado, muito sujo — denuncia um estudante do 7º ano: — Temos que limpar a sala para poder estudar, porque o colégio só tem uma faxineira, que é bem velhinha. Dá pena de vê-la cuidando de um lugar tão grande. É claro que ela não consegue dar conta de tudo.
Um outro problema que chama a atenção é a falta de conteúdo anotado nos cadernos. Por conta da paralisação dos professores, muitos alunos reclamam que não há matéria para estudar.


— Tenho a impressão de que estamos brincando de escolinha. Queria tanto fazer um concurso para cursar o segundo grau numa escola técnica, mas é claro que não vou passar — lamenta um outro aluno do 9º ano, que sonha fazer faculdade de engenharia da computação: — Meu caderno está praticamente em branco. Aqui a coisa é tão louca que muitas vezes temos que copiar a prova e o teste no próprio caderno.
A diretora do Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação (Sepe) de São Gonçalo, Beatriz Lugão, afirma que a falta de professores ocorre em outras unidades.
Diretora diz que os alunos são mentirosos
O Sepe diz que haverá hoje uma reunião com o prefeito Neilton Mulim.
— A realidade desta escola é a mesma de dezenas de unidades. Não entendemos onde estão investindo o dinheiro da Educação — ataca Beatriz Lugão: — Nossos professores ganham R$ 857.
A diretora Nilva Nazareth minimizou os problemas e disse que a crise é geral. Sobre a denúncia de que alunos limpam as salas, disparou:
— Eles são mentirosos. Os professores é que ajudam.
Imediatamente, foi interrompida pela única funcionária de limpeza do colégio:
— Não dou conta. E estou há três meses sem receber.
A prefeitura alega que está rescindindo o contrato com a empresa de limpeza. E que equipes de manutenção estão atuando nas escolas. Segundo a nota, o Ciep 125 vai ser visitado hoje: haverá a troca dos ventiladores e uma série de reparos.


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