Construída em 1618 e considerada pelos historiadores como um marco da arquitetura colonial brasileira, a Fazenda Colubandê passou por uma situação que infelizmente já era esperada por causa de seu abandono e por falta de uma segurança adequada: foi invadida e saqueada por vândalos. A invasão e o furto das peças históricas ocorreram antes de o juiz federal Fábio Tenenblat ter dado uma sentença, no último dia 6, fixando prazo de 120 dias para que o governo do estado e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) apresentem projeto de recuperação do patrimônio.
De acordo com matéria publicada neste sábado (16) pelo O Globo, o cenário no interior da capela e da fazenda é desolador. Os cadeados e as fechaduras das portas foram arrombados; mobiliário, lustres, torneiras, disjuntores e peças centenárias desapareceram; há preservativos em quase todas as salas, inclusive na capela, e vestígios de fogueira nas salas e masmorra.
Tombada em 1940 pelo Iphan, a fazenda está abandonada desde 2012, quando foi desativado o Batalhão de Policia Florestal da PM, que funcionava no local. Com a saída do batalhão, o 7º BPM (São Gonçalo) assumiu a responsabilidade de manter a vigilância do lugar. Mas segundo o coronel Fernando Salema, o policiamento é feito apenas no entorno da fazenda, pois a PM não tem responsabilidade pelas instalações do prédio, que “pertence ao Iphan”.
A respeito da invasão da fazenda, o Iphan informa que já havia alertado ao governo do estado, “proprietário do bem”, sobre o risco de invasões e depredações enquanto não houver uma destinação para o imóvel.
Segundo a Secretaria estadual de Planejamento, o estado vai cumprir a decisão judicial e vai restaurar o patrimônio.
Brincadeira, né? Somente agora, depois da decisão judicial e da casa arrombada, é que o governo do estado pretende cuidar da fazenda. É lamentável esse descaso para com os patrimônios históricos de São Gonçalo. Já não basta o que fizeram com o 3º Batalhão de Infantaria (BI), não?
Por favor, senhores governantes, vamos ter mais respeito para com a memória da nossa cidade e do Brasil. Os gonçalenses agradecem!