Batalhão Florestal do Colubandê vai virar museu
Com a transferência do Batalhão de Polícia Florestal e Meio
Ambiente (BPFMA), atualmente sediado na Fazenda Colubandê, para o Complexo do
Alemão, na Zona Norte do Rio, o localo deverá ser transformado numa biblioteca
parque e num museu, segundo a secretária estadual de Cultura, Adriana Rattes,
no último dia 24. Porém, a proposta de implantação de um grande centro cultural
para o município vem gerando dúvidas sobre a segurança no local.
O professor de História,
André Correia, 35 anos, fundador da Ong Projeto Alternativo, localizada em
Neves, revelou que, juntamente com outras organizações culturais da cidade, já
entrou em contato com a Secretaria Estadual de Educação, para solicitar a criação
de núcleos e programas de teatros, artesanais e de História e Pesquisa no
estabelecimento. No entanto, o professor não obteve resposta do órgão.
A comerciante Rosária
Ximenes, 55, moradora do Colubandê, gostou do provável empreendimento cultural
e destacou melhorias no bairro e nas adjacências. “Vai ser de grande valia não
só para o bairro, mas como também para São Gonçalo em geral. O comércio e a
infraestrutura vão melhorar bastante”, disse Rosária.
Segurança - De acordo com o
tenente-coronel Luis Eduardo Freire dos Santos, comandante do 7º BPM (São
Gonçalo), os militares da unidade continuarão tirando serviço na guarita da
Fazenda, que já se encontra totalmente vazia. “Por ora, o Batalhão segue neste
estabelecimento, mantendo a segurança da região. Ainda não me passaram nada,
portanto a guarnição continuará lá”, confirmou o oficial.
Reformas
são necessárias
O Ministério Público Federal (MPF) moveu ação civil pública para que o Estado
do Rio de Janeiro e o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional
(Iphan) atuem na manutenção e conservação da Fazenda Colubandê, residência
rural do século XVIII tombada desde 1940. O conjunto arquitetônico, composto
por uma capela, construída em 1617 e uma casa-grande erguida em 1760,
encontra-se em estado precário de conservação.
Na ação, movida pelo
procurador da República Lauro Coelho Junior, o MPF pede que a Justiça conceda
liminar determinando que o Estado, proprietário do bem, apresente ao Iphan, um
projeto de manutenção e conservação da capela e da casa-grande, com obras de
recuperação de coberturas e paredes e adequação das instalações elétricas e
hidro-sanitárias, além da implantação de um sistema de detecção e combate a
incêndio. No pedido de liminar, o procurador pede também que o Estado execute
as obras no prazo de 12 meses, após aprovação do projeto pelo Iphan.
Fonte: Jornal O São Gonçalo
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